Na 5.ª oficina de Filosofia e
Motivação ABC, abordámos o último símbolo do monge de Robin Sharma: os
diamantes. Fechámos com chave de ouro, pois este é sem dúvida o mais precioso
dos símbolos, material e espiritualmente.
“Vive no presente”, diz-nos o monge,
assente na sábia filosofia de Lao Tse que já dizia, há dois mil anos: «Se estás
deprimido, é porque estás a viver no passado; se estás ansioso, é porque estás
a viver no futuro. Se estás em paz, é porque está a viver no presente.»
Esta temática não poderia deixar de
remeter para o grande Eckhart Tolle e para a sua obra de referência “O Poder do
Agora”. Depois de devidamente contextualizado, o grupo assistiu a um pequeno
vídeo que relata o testemunho da experiência do ator canadiano Jim Carrey com a
filosofia tolliana do Agora.
Esta forma de estar e de “não
pensar” tem conquistado adeptos em todo o mundo e novas designações,
nomeadamente “Mindfulness” ou Plena Consciência, isto é, a consciência obtida
pela atenção que prestamos deliberadamente, no instante e sem julgamento ou
preconceitos, às coisas tal como elas são.
Professada desde os tempos de Confúcio, atravessou eras e gerações até à
contemporaneidade. Krishnamurti, por exemplo, diz: «A verdade não está no
passado; as verdades do passado são cinzas da memória; a verdade é viva,
dinâmica, e não está na esfera do tempo.»
Em Portugal, Luís
Portela avança: «Quando fazemos escolhas, estamos a moldar o
nosso futuro, quer em termos individuais, quer em termos coletivos. (…) O acaso
não existe. O nosso presente é fruto das nossas decisões passadas. O nosso
futuro será o resultado daquilo que formos querendo e construindo.»
Dos vários autores consultados,
resultaram algumas ideias-chave que aqui partilhamos:
- Para centrar a tua atenção no aqui e no agora, é preciso recorrer à intenção e não à força;
- Nesta prática, as palavras-chave são: interesse, abertura, curiosidade, boa vontade e compaixão.
- Algumas dicas: a. faz uma coisa de cada vez; b. está totalmente atento/a ao que fazes; c. quando o espírito se afasta da atividade em curso, trá-lo de volta; d. repete milhares de vezes; e. interroga-te sobre as tuas distrações.
Transpondo a temática para um contexto
profissional, e questionado sobre a sua relação com o Agora e sobre as estratégias
utilizadas para se manter concentrado em algumas tarefas menos motivadoras ou
para se afastar dos pensamentos, o Grupo partilhou algumas dicas a tomar em
conta.
Se sentires dificuldades em te manteres centrado
numa tarefa, procura mudar algumas variáveis, por exemplo, o local onde
realizas a tarefa e a hora. Procura “interagir” com a tarefa, deixar a tua
marca, utilizando realces ou sublinhando (no caso de um documento físico).
Tenta mudar de metodologia de trabalho, de suportes, estipula prazos: algumas
pessoas são mais eficazes “sob pressão”.
Algo a acrescentar? Porque não te juntas a nós na
próxima oficina?
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