Do
início do nosso percurso académico ao final da nossa carreira profissional,
serão variadas as ocasiões de apresentação oral: apresentação de trabalhos
escolares e académicos, defesa de dissertações, relatórios ou teses,
apresentação da empresa ou instituição onde trabalhamos, comunicação numa
conferência…
Contudo,
apesar dessa diversidade, é possível indicar um conjunto de critérios comuns
que podem ser úteis e concorrer para a eficácia da apresentação oral.
1. Definição de objetivos: antes de nos prepararmos para qualquer tipo de
apresentação oral, é fundamental sabermos exatamente por que motivo o faremos.
Seja para obtermos uma boa nota e assim valorizarmos o nosso currículo, para
promovermos uma ideia, um produto ou serviço, ou, em última instância, para
promovermos a nossa própria imagem ou carreira, nunca seremos eficazes o
suficientes se não tivermos em mente um fio condutor. Sabermos o(s) nosso(s)
objetivo(s) também nos leva ao conhecimento do público-alvo e à consequente adequação
da nossa mensagem.
2. Preparação: esta etapa é fundamental. Os oradores mais
convincentes e atrativos, que falam espontaneamente, sem nunca olhar para o
papel são aqueles que mais se preparam. Além do guião em si (que pode ser o
discurso integral ou simples itens ou esquemas) e do suporte de apresentação
(PowerPoint, por exemplo) que devem ser ensaiados (e até mesmo teatralizados),
não devemos descurar os aspetos logísticos, como as deslocações até ao local da
apresentação, a fim de evitar atrasos, e a verificação dos audiovisuais
necessários (som, luz, projeção, etc.).
3. Comunicação Verbal: além da correção linguística que se impõe, é
importante verificar e validar o uso da terminologia (por exemplo, numerosas
fontes de consulta provêm do Brasil onde as diferenças terminológicas são
notórias e não são assimiladas pelo público). É fundamental que o conteúdo da
nossa apresentação seja concordante com o título para não frustrar expetativas
e conservar a atenção do público. De igual forma, devemos evitar divagações que
quebrariam a nossa ligação ao público. Não esquecer de referenciar as nossas
fontes é uma prova de honestidade e de respeito pelo direitos autorais. Em caso
de utilização de suportes visuais, é necessário ter em atenção a harmonia da
mancha gráfica e a legibilidade e tamanho do tipo de letra.
4. Comunicação Não-verbal: é indispensável ter em conta todos os aspetos
referente ao paraverbal, isto é, um bom uso vocal. Devemos procurar falar no
ritmo certo (deve evitar-se a leitura de textos, pois essa prática leva-nos a
falar muito depressa e a perder a atenção do público), gerir devidamente o
olhar dividindo-o equitativamente pelo público; procurar acompanhar a nossa apresentação
com uma gestualidade ponderada, mas que traduza entusiasmo e dinâmica e cuidar
a nossa apresentação e indumentária, sem exageros e exuberâncias.
Finalmente,
e a fim de evitar a impaciência do público, é bom ter em atenção a gestão do
tempo, não te alongues e aproveita para, durante a apresentação, captares
sinais de aprovação/desaprovação, interesse/aborrecimento, etc.. É importante
conseguires o feedback do teu trabalho para, se necessário for, reorientares as
tuas estratégias.
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