quinta-feira, 29 de maio de 2014

Apresentações Orais



Do início do nosso percurso académico ao final da nossa carreira profissional, serão variadas as ocasiões de apresentação oral: apresentação de trabalhos escolares e académicos, defesa de dissertações, relatórios ou teses, apresentação da empresa ou instituição onde trabalhamos, comunicação numa conferência…

Contudo, apesar dessa diversidade, é possível indicar um conjunto de critérios comuns que podem ser úteis e concorrer para a eficácia da apresentação oral.

1. Definição de objetivos: antes de nos prepararmos para qualquer tipo de apresentação oral, é fundamental sabermos exatamente por que motivo o faremos. Seja para obtermos uma boa nota e assim valorizarmos o nosso currículo, para promovermos uma ideia, um produto ou serviço, ou, em última instância, para promovermos a nossa própria imagem ou carreira, nunca seremos eficazes o suficientes se não tivermos em mente um fio condutor. Sabermos o(s) nosso(s) objetivo(s) também nos leva ao conhecimento do público-alvo e à consequente adequação da nossa mensagem.

2. Preparação: esta etapa é fundamental. Os oradores mais convincentes e atrativos, que falam espontaneamente, sem nunca olhar para o papel são aqueles que mais se preparam. Além do guião em si (que pode ser o discurso integral ou simples itens ou esquemas) e do suporte de apresentação (PowerPoint, por exemplo) que devem ser ensaiados (e até mesmo teatralizados), não devemos descurar os aspetos logísticos, como as deslocações até ao local da apresentação, a fim de evitar atrasos, e a verificação dos audiovisuais necessários (som, luz, projeção, etc.).

3. Comunicação Verbal: além da correção linguística que se impõe, é importante verificar e validar o uso da terminologia (por exemplo, numerosas fontes de consulta provêm do Brasil onde as diferenças terminológicas são notórias e não são assimiladas pelo público). É fundamental que o conteúdo da nossa apresentação seja concordante com o título para não frustrar expetativas e conservar a atenção do público. De igual forma, devemos evitar divagações que quebrariam a nossa ligação ao público. Não esquecer de referenciar as nossas fontes é uma prova de honestidade e de respeito pelo direitos autorais. Em caso de utilização de suportes visuais, é necessário ter em atenção a harmonia da mancha gráfica e a legibilidade e tamanho do tipo de letra.

4. Comunicação Não-verbal: é indispensável ter em conta todos os aspetos referente ao paraverbal, isto é, um bom uso vocal. Devemos procurar falar no ritmo certo (deve evitar-se a leitura de textos, pois essa prática leva-nos a falar muito depressa e a perder a atenção do público), gerir devidamente o olhar dividindo-o equitativamente pelo público; procurar acompanhar a nossa apresentação com uma gestualidade ponderada, mas que traduza entusiasmo e dinâmica e cuidar a nossa apresentação e indumentária, sem exageros e exuberâncias.

Finalmente, e a fim de evitar a impaciência do público, é bom ter em atenção a gestão do tempo, não te alongues e aproveita para, durante a apresentação, captares sinais de aprovação/desaprovação, interesse/aborrecimento, etc.. É importante conseguires o feedback do teu trabalho para, se necessário for, reorientares as tuas estratégias.



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