Os
especialistas em Comunicação que estudam os fenómenos ligados à Escuta Ativa explicam-nos que um dos
motivos pelos quais não escutamos eficazmente tem a ver com o facto de o nosso pensamento ser mais rápido do que as palavras e, portanto, termos
necessidade de “preencher os vazios”, interrompendo o nosso processo de
interpretação mental e, muitas vezes, os nossos interlocutores.
Este
ano, a convite da Prof. Rita Almeida do Agrupamento
de Escolas General Serpa Pinto de Cinfães
(escola básica) fui conversar com alunos do 8.º e 9.º anos sobre esta temática
da Escuta Ativa, sobre as diferenças
entre OUVIR e ESCUTAR, sobre os motivos que interrompem a escuta e sobre
estratégias a adotar para melhorá-la e, por conseguinte, melhorar a nossa
comunicação em geral.
A
minha intervenção foi antecedida por uma pequena peça de teatro que ilustrou, de forma humorística, situações de
“não comunicação” e foi protagonizada pelos professores do Clube de Comunicação da escola, e por um pequeno vídeo que o meu amigo
Miguel Duarte gentilmente me cedeu. Foi fácil captar a atenção dos alunos e
pô-los, de facto, a ESCUTAR. Por um
lado, a utilização do humor como
técnica para captar a atenção e aumentar os níveis de concentração, por outro,
o facto de lhes ter levado uma mensagem do Miguel que os interpelou e lhes passou a palavra.
Percebi
que a minha prestação tinha corrido bem pelo número de perguntas colocadas (o feedback dos alunos), pelas suas expressões
animadas e pelo balanço de um aluno que, muito entusiasmado, exclamou: «Quando ouvimos, a informação entra por um
ouvido e sai pelo outro; quando escutamos,
a informação entra por um ouvido e fica.» Existe forma mais simples de explicar
estes conceitos?
Diretora ABC
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