No dia da Conferência
Internacional “Writing Beyond the Silence” sobre a temática da violência de
género, organizada pela Coolabora, e que
contará com uma equipa de Intérpretes ABC,
e no rescaldo da cerimónia dos Óscares durante a qual a atriz Patrícia
Arquette, que venceu o Óscar de Melhor Atriz Secundária, fez um emotivo
discurso de defesa de igualdade de género, impõe-se refletir sobre os eventos
como um poderoso instrumento para veicular mensagens em massa.
Longe de ser espontânea, a
intervenção de Patrícia Arquette também não foi inocente. Embora os dados mais
recentes apontem para uma queda das audiências,
a cerimónia de entrega dos Óscares contou com 36,6 milhões de telespetadores,
só nos EUA. Se somarmos a este número o das visualizações do vídeo publicado no
canal Youtube e massivamente
partilhado nas Redes Sociais, este
total é exponencialmente multiplicado e as consequências desta massificação
facilmente perspetivadas.
Não é novidade a utilização de eventos mediáticos para fazer passar
mensagens de cariz social, político, religioso ou outro. Pensamos que também os
“outros eventos”, os de caráter científico e académico, quando bem
planificados, podem servir os mesmos objetivos. Para tal, é fundamental que o Organizador de
Eventos defina um plano de
comunicação a três tempos:
- Antes do evento, com a divulgação do mesmo por todos os meio disponíveis (site, Web 2.0, mailing, imprensa, etc.);
- Durante o evento, providenciando a cobertura do mesmo (fotografia, vídeo, atas, presença dos meios de comunicação social, entre outros);
- Após o evento, certificando-se que os suportes recolhidos durante o evento são divulgados no maior número possível de canais, sobretudo os que permitam a interação com o público.
Nesta nova era comunicacional, as
Redes Sociais são seguramente o
canal de difusão mais produtivo (Investimento/Retorno). No entanto, o público
ainda sem acesso (por escassez de recursos ou por opção) à Web 2.0 não pode ser
esquecido.
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