segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

OFICINA DE TÉCNICA VOCAL – RESPIRAÇÃO

            Teve lugar ontem, dia 23 de fevereiro, a N/ oficina de Técnica Vocal – Respiração, com Ana Celeste Ferreira, formadora do Gabinete ABC desde 2004. Esta foi a primeira de uma série de oficinas a ter lugar no decorrer deste ano no âmbito da Técnica Vocal orientadas por esta formadora.

            Consciente de que a voz é o principal instrumento de trabalho de um conjunto significativo de profissionais (professores, radialistas, cantores, intérpretes, entre outros), a equipa de formação da N/ empresa tem procurado incluir sempre na sua planificação oficinas ou ações de formação na área da Comunicação Oral. São exemplo dessas iniciativas a oficina de Técnica Vocal para Intérpretes de Conferência ocorrida em 2004 e uma série de oficinas posteriores sobre a voz: Comunicação Oral – a Voz, Socorro, vou apresentar um trabalho!, e, agora, estas oficinas de Técnica Vocal para Professores.

            No caso desta primeira ação sobre a respiração, contámos com a participação de 14 formando(a)s, na sua maioria Professore(a)s, um número que correspondia ao limite de inscrições e ao máximo aceitável a fim de garantirmos que todos pudessem pôr em prática as técnicas aprendidas, sob supervisão.

            A iniciativa começou de imediato com uma componente prática de respiração abdominal e de aquecimento vocal, durante a qual o(a)s formando(a)s tomaram consciência da noção de “respiração correta”.

            De seguida, seguiu-se uma componente teórica iniciada com um pequeno teste diagnóstico sobre a morfo-fisiologia do aparelho fonador.

            Por fim, uma nova componente prática pôs o(a)s formando(a)s a exemplificar leituras em voz alta com uma gestão otimizada da respiração. Os resultados e as diferenças registados foram surpreendentes!
            No próximo dia 16 de março terá lugar a 2ª edição desta mesma oficina (dada a elevada procura da mesma), antes de partirmos para o módulo da projeção vocal que deverá ocorrer nos meses de abril ou maio.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Artigos de opinião: breve guia

            Samuel Butler disse um dia: «O público compra opiniões do mesmo modo que compra a carne ou o leite, partindo do princípio de que custa menos fazer isso do que manter uma vaca. É verdade, mas é mais provável que o leite seja aguado.» Não poderia concordar mais com esta ideia, sobretudo, numa época em que é tão fácil encontrarmos e apropriarmo-nos de opiniões alheias.

            Vivemos uma era de acelerações tecnológicas que nos obrigaram a adaptar as nossas competências de leitura e de assimilação da informação. Damos (quase) inconscientemente prioridade ao que já vem digerido, ao esquematizado, ao conciso. Talvez essa seja uma boa razão para repensarmos também a forma como expressamos as nossas opiniões, seja na imprensa, seja na blogosfera.

            Não raras vezes, lemos supostos artigos de opinião que de artigos de opinião só têm o nome. Os pontos de vista carecem de clareza e concisão, a estrutura é inarticulada, o objetivo é indefinido e, linguisticamente falando, a forma afasta-se do rigor desejado.

            Ficam aqui algumas dicas, muito básicas e de fácil aplicação:

1. À semelhança de qualquer texto expositivo, o artigo de opinião deverá ter introdução, desenvolvimento e conclusão. Se este fio condutor for seguido, o texto ganha automaticamente em clareza.

2. O parágrafo introdutório deve ser curto, deve expor brevemente a opinião do autor e captar a atenção do leitor. Pode começar por uma citação, uma pergunta retórica ou interpelativa ou por uma afirmação inesperada.

3. Os parágrafos correspondentes ao desenvolvimento devem apresentar claramente os pontos de vista do autor, com as correspondentes fundamentações/justificações. Sempre que possível (é desejável), reservar pelo menos um parágrafo às opiniões contrárias, ao reverso da medalha, ao contraste. Algumas técnicas de escrita a realçar nesta fase passam pela repetição de palavras-chave e o uso de conetores e/ou organizadores do discurso. Esses conetores e/ou organizadores podem dividir-se em diferentes categorias que ajudam a estruturar a nossa exposição. Alguns exemplos:

           a) Introduzir um ponto de vista: em primeiro lugar, para começar, primeiramente, por um lado, etc.;

           b) Dar uma opinião: na minha opinião, do meu ponto de vista, a meu ver, em nosso entender, etc.;

           c) Adicionar elementos: e, além disso, não só... mas também, depois, finalmente, seguidamente, em primeiro lugar, em seguida, por um lado... por outro, adicionalmente, ainda, do mesmo modo, pela mesma razão, igualmente, também, de novo, etc.;

           d) Exemplificar: pois, porque, porquanto, por causa de, uma vez que, especificamente, nomeadamente, isto é, ou seja, quer dizer, por exemplo, em particular, como se pode ver, é o caso de, é o que se passa com, etc.;

           e) Apresentar alternativas / opor / contrariar: porém, contrariamente, em vez de, pelo contrário, por oposição, ainda assim, mesmo assim, apesar de, contudo, no entanto, por outro lado, etc.;

4. O parágrafo conclusivo deve reiterar a opinião do autor tendo em consideração os argumentos discutidos nos parágrafos anteriores. Também deve ser curto, como o introdutório, e num tom equilibrado, humilde e autêntico. Neste parágrafo, também podem ser utilizados conetores e/ou organizadores como: logo, pois, assim, por isso, por conseguinte, portanto, enfim, em conclusão, concluindo, em suma, para terminar, em último lugar, em síntese, finalizando, recapitulando, etc.

            Finalmente, mas não menos importante, seria desejável que a atual facilidade de publicação das nossas opiniões não fosse sinónimo de falta de revisão ortográfica e gramatical. Porque não dar o artigo a ler a uma boa meia-dúzia de leitores voluntários, de olho clínico, outsiders ou não ao tema? A diversidade é benéfica, pode enriquecer o nosso contributo e vários olhos veem melhor do de apenas dois.
Ana Bela Cabral
Mestre em Comunicação



terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Empresas nas Redes Sociais


Este mês, a nossa especialista em Protocolo, Margarita Murillo Garcia, da Galicia Protocolo, aborda o incontornável tema da presença das empresas nas Redes Sociais. Aqui ficam algumas pistas para gerir a nossa presença na rede internacional:

NUESTRA EMPRESA EN LAS REDES SOCIALES


IMAGEN Y COMUNICACIÓN



A nivel de protocolo empresarial, Internet y las redes sociales son muy importantes en relación a dos conceptos: imagen y comunicación. Las grandes empresas cuentan ya con community managers profesionales, pero muchas pequeñas y medianas empresas se ven en la obligación de hacer este importante trabajo de forma más o menos autodidacta. Está claro que todas las empresas son conscientes de las virtudes de Internet y las redes sociales para sus negocios, pero lo difícil es hacer un uso correcto y adecuado de las mismas, pues no basta con estar de cualquier manera, es fundamental cuidar nuestra imagen y nuestra comunicación.

¿Es necesario tener perfil en todas las redes sociales? No, pues si bien creemos que todas las empresas tienen que tener presencia en las redes sociales, para llegar a más clientes, también tenemos el pleno convencimiento que es necesario analizar qué red social conviene más a cada empresa. Ahora bien, si hemos creado un perfil social, éste ha de estar vivo, es decir, hay que nutrirlo con información periódicamente y atender de forma adecuada a las personas que se relacionan con nuestra empresa través de estos perfiles.

Hoy, en Portugal y en España las redes sociales más utilizadas son Facebook, Twitter y Pinterest. Y, pese a las recomendaciones reiteradas de muchos community managers profesionales, en Facebook todavía son muchas las empresas las que continúan teniendo un “perfil de amigo” en lugar de una página de empresa, lo que a nivel de formas supone una “injerencia” excesiva en los perfiles privados de las personas, por tanto una práctica no recomendable.

Es conveniente tener en cuenta que nuestra plantilla tiene en las redes sociales una forma más relajada y distendida de interactuar con compañeros, proveedores y clientes. Así como una gran fuente de información, por ejemplo, los departamentos de recursos humanos, en los procesos de selección y para tomar el pulso al mercado, las personas que forman parte de los departamentos de ventas.

Por otra parte, tenemos que tener en cuenta que, en estos perfiles, nuestra empresa está abierta las 24 horas del día, los 365 días del año y a nivel global, por lo que es conveniente tener el cuidado de atender adecuadamente a nuestros clientes virtuales, aunque esto tampoco debe obligarnos a una esclavitud, pero sí a una estrategia de comunicación ágil, sobretodo pensada para los momentos importantes (ya no solo en las crisis).

Aún así, recordemos que las redes sociales entran con fuerza en nuestras vidas en el 2008 y nos es hasta el 2010 que su uso se comienza a generalizar a nivel empresarial. Por lo cual, aún son una grandísima novedad a la que todavía nos tenemos que adaptar, más aún si tenemos en cuenta la velocidad de avance y cambio que lleva aparejadas.